Material escolar mais caro em 2013
Apesar de o preço de vários produtos ter subido em relação ao ano passado, é possível economizar pesquisando em estabelecimentos diferentes.
Uma das principais despesas de início de ano,que normalmente tem grande peso no bolso do consumidor, são as compras do material escolar. Por isso, o Órgão de Proteção e Defesa ao Consumidor de Goiás (Procon-GO) realizou uma pesquisa sobre os preços de quinze estabelecimentos em Goiânia, na qual foi verificada que cerca de 60% dos produtos presentes na lista do ano passado estão mais caros em 2013.
Foi realizada uma análise sobre quais produtos deveriam permanecer na lista de produtos pesquisados em 2012, e quais deveriam ser substituídos, por estarem na moda e de maior procura. Do total de 71 itens pesquisados, 37 permaneceram iguais, e, destes, mais da metade registrou aumento de preço.
O destaque foi a Lancheira G Barbie a Princesa e a Popstar, referência 62509, da marca Sestini, com aumento médio de 23,06%. Em janeiro do ano anterior, o preço médio era de R$ 83,45, e hoje de R$ 102,70. Outro produto com alto índice de aumento foi a tinta guache, em que o preço passou de R$ 2,43 para R$ 2,76 atualmente, com uma alta média de 13,39%.
Economista Edilson Aguiais explica que preço dos produtos é influenciado pelo contexto econômico do País. “Do ano passado para este ano, tivemos dois aumentos de salário, e no primeiro mês do ano realmente costuma haver aumentos, porque as pessoas ainda estão na euforia do fim de ano, e muitos comerciantes se aproveitam.”
VARIAÇÃO
Outro ponto importante da pesquisa foi que preços podem ter grande variação de acordo com cada estabelecimento. “Durante a pesquisa, procuramos produtos idênticos para ter a certeza da diferença de preço. No caso das mochilas, por exemplo, foram verificados marca, o personagem e até a referência do produto”, informa o gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon Goiás, Gleidson Tomaz, garantindo que os resultados são corretos.
A maior variação foi constatada no plástico para encapar, personagem Fantasia, da marca Mercur, onde o menor preço foi de R$ 1,00 e o maior, R$ 3,80, uma diferença de 280%. O preço do Giz de Cera Fino (12+3 cores) da Faber-Castell também chamou atenção, com variação de 105,26%, já que foi encontrado em um local por R$ 1,90 e em outro por R$ 3,90.
Pincel de pintura cerda redonda número 10 da marca Concord teve variação alta, chegando a 266,67%, com o menor preço de R$ 1,50 e o maior R$ 5,50. Já o corretivo líquido - Toque Mágico - da Helios teve os preços oscilando entre R$ 1,50 e R$ 3, diferença de 100%.
Porém, o economista alerta consumidores: “Importante é prestar atenção no peso que o item tem no valor final, porque se a variação for muito grande, mas se for um produto de baixo custo e que sejam compradas poucas unidades, não vai fazer muita diferença.”
Gerente de pesquisa e Cálculo do Procon-GO concorda e diz que foram encontradas grandes diferenças também em produtos com peso na lista. “No caso do caderno de brochura, 96 folhas, consumidor normalmente compra em torno de 10 cadernos, então, com a diferença que encontramos de R$ 2,31 em um local e R$ 6,00 em outro, a diferença pode chegar a aproximadamente R$ 37”, conta sobre o produto de capa dura ¼ da marca Tilibra, que teve variação de 159,74%.
Um produto que também pressiona o valor final são as mochilas. No caso da mochilete G Hot Wheels Garage 13 Y, referência 62440 da marca Sestini, foi encontrada uma variação de 65,28%, com preços variando entre R$ 127 e R$ 209.
Outro alerta feito por Edilson é a respeito do valor gasto com transporte para fazer a pesquisa de preço. “É bom ir a um aglomerado com várias empresas para verificar variação entre elas, pois ir em lugares longes um do outro torna a economia inviável, devido ao valor gasto com transporte, seja público ou com combustível.”
Por isso, o Procon Goiás garante que foram visitados locais onde a concentração de estabelecimentos deste tipo de produto era maior, visando facilitar a pesquisa de preços por parte do consumidor, sem haver gasto excessivo com transporte.
FRAÇÃO
Economista e o gerente de pesquisa e cálculos concordam que o ideal é pesquisar item por item e não ir com lista fechada, já que se economiza mais se a compra de cada produto for efetivada no local onde a mesma está com o menor preço.
Com base nos dados pesquisados, considerando os preços reais, o consumidor percebe que em um mesmo estabelecimento, cinco produtos, como apontador, corretivo líquido, lapiseira de 7mm, caneta marca texto e um bloco para fichário, são os menores preços dentre todos os estabelecimentos pesquisados, pagando R$12,80 por todos. Já em estabelecimentos que comercializam os mesmos itens com os maiores preços, o valor chega a R$19,70, fazendo assim uma economia de R$ 6,90.
Contudo, se o consumidor comprar neste mesmo estabelecimento uma agenda de 208 folhas, que é vendida ao preço de R$ 35,90, pagaria mais da metade do valor encontrado na mesma agenda em um local próximo, onde o preço é R$ 15,90. Assim, o consumidor não apenas perderá toda a economia da compra dos outros cinco produtos, como terá um prejuízo final de R$ 13,10.
“Orientamos o consumidor a ir em no mínimo em três locais próximos e fracionar as compras dos produtos de acordo com o melhor preço de cada um”, diz Gleidson Tomaz.
DIREITOS
A lista de material escolar deve conter apenas os itens que estejam diretamente relacionados ao processo didático-pedagógico e de uso específico do aluno. “Existe uma regra geral de que o material deve ser de uso individual e unicamente para o ensino, o que for de uso coletivo, como material de limpeza não é aceitável” afirma o gerente de pesquisas e cálculos.
Porém, os pais devem ficar atentos, porque um material que pode ser entendido como de uso coletivo, como o copo descartável, dependendo da quantidade solicitada, pode ser utilizado para atividade do aluno, como colagem, por exemplo. Caso contrário, Gleidson diz que os pais devem ignorar a compra dos itens, e caso a escola exija, os pais podem acionar o Procon. Ainda de acordo com ele, a escolha da marca dos produtos e o local aonde fazer as compras são exigências que também não podem ser feitas pela instituição de ensino.
DICAS
O economista Edilson Aguiais indica aos pais que pesquisem em pelo menos quatro estabelecimentos, comprem à vista, já que é a melhor maneira de obter descontos e verifiquem os materiais que sobraram do ano anterior que podem ser reaproveitados, além de não levar as crianças consigo, já que vão influenciar nas compras.
Porém, Gleidson Tomaz diz: “Acreditamos que os pais é que têm que decidir se levam ou não seus filhos, sabe-se que eles vão querer os produtos da moda, que tendem a ser os mais caros, porém, se os pais acreditam que é um bom momento para começar uma educação financeira, fica a critério deles.”
Outra dica dada pelo gerente é reunir pais de alunos que tenham a lista de material em comum, para fazerem as compras juntos, já que em quantidade maior, os estabelecimentos conseguem fornecer um desconto mais alto.
a STONE WASH DESEJA A TODOS UMA ÓTIMA VOLTA ÀS AULAS
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